Escrevi o post abaixo faz um tempinho, nem lembro mais quando. Como acontece com muitos posts que inicio, não o publiquei de imediato e depois esqueci dele. Mas agora, relendo-o, percebi que consegui captar a essência do que queria dizer, rsrs. Muito embora eu não esteja mais planejando a minha festa de casamento (vide texto abaixo), continuo investido, cada vez mais, nos meus atos de fé. Talvez agora mais do que nunca. :-)
Estou descobrindo a cura pela fé.
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Esse negócio de fé sempre me intrigou. Afinal, como assim "acreditar"?? E se eu resolvesse acreditar numa fantasia e depois desse tudo errado?? Não, não me convencia, mesmo, essa história de "ter fé".
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Então segui assim na vida, inevitavelmente praticando meus atos de fé, mas sempre cercada de inúmeras precauções, "seguranças", "garantias"... Muitas vezes o medo era demais e só me restava retroceder, mas, de quando em quando, lançava meus olhos para o horizonte e partia - morrendo de medo, mas ia.
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Mas eis que chegou um momento que, por algum motivo, me é especialmente desafiador: chegou a hora de planejar meu casamento.
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Planejar um casamento é um ato de fé. Mais que isso: é um ato público de fé.
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É preciso ter fé em que o relacionamento irá durar (pelo menos até o dia da cerimônia!); que os convidados comparecerão (e gostarão!); que o bolo ficará lindo e gostoso... E em que, de alguma forma, os noivos (tipo, o digníssimo e eu) viverão felizes para sempre.
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Só agora me dou conta do friozinho na barriga que sempre senti ao ouvir falar em noivas-para-casar. Sempre temia por seus corações partidos, se porventura o noivo resolvesse mudar de idéia na última hora. Por quê ter essa preocupação específica?? Não sei! Só sei que planejar minha festa de casamento representa, para mim, um desafio e tanto de fé.
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Mas, festas de casamento à parte, aprender a acreditar e arriscar é talvez a única coisa que nos move na vida, é mesmo o que nos mantém vivos.
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Estudar para um concurso público é um senhor ato de fé, especialmente se você parou de trabalhar para poder estudar.
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Comprar um cachorro. E se você cansar dele depois de 6 meses? 2 anos? 10 anos?
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Ter um filho, então?! Haja fé de que será possível educa-lo, alimenta-lo, ter tempo para fazer tudo isso e ainda brincar com ele...
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É preciso ter fé para realizar as menores coisas. A fé é o ânimo da nossa alma, o fio infinito de esperança, que nos move a cada dia. É uma confiança inocente no sucesso dos nossos menores - e maiores - empreendimentos. Ela nos abre um sorriso, de orelha a orelha, pela simples idéia de que podemos conseguir o que queremos.
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Sempre duvidei da fé. Tinha medo dela e preferia não acreditar... Como se apostar no agouro pudesse, de alguma forma, me proteger do sofrimento. Ou então, numa estratégia mais ardilosa da mente, eu me cercava de "seguranças" e "garantias" infinitas, exaustivas e, é claro, inúteis...
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Portanto, sem querer plagiar, mas já tomando emprestado, andar com fé eu vou.