Sobre os ditos "mecanismos de defesa"...
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O cavaleiro, com os braços cansados, levanta o escudo e a espada ao menor ruído. Muitas vezes são apenas mosquitos, ou um gato selvagem na floresta. Um pombo, enviado pelo rei, trouxera a boa nova de que a guerra havia terminado, que o valente cavaleiro podia retornar para casa e finalmente descansar. Porém, algo o detém. Talvez o medo, a confusão e o cansaço, após tantos anos de batalha; anos de sobressalto e emboscadas, de temer por sua vida. Agora, cansado de portar sua pesada armadura, o cavaleiro sente apenas dor. O corpo dói. Os braços, cansados, doem cada vez que assumem posição de defesa. Mas não trouxe o pombo notícias de paz? Não há apenas insetos e animais silvestres há dias, talvez meses?? "Estarei louco??" A alma dói.
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E assim, preso a fantasias de guerra, armado e infeliz, o cavaleiro empunha espada e escudo... mas começa a desejar, em seu íntimo, que o matem.
Eu gostei desse livrinho, Amor. Tá relendo, é?
ResponderExcluirNem tô... Mas gosto muito da metáfora do cavaleiro e sua armadura. :-)
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