domingo, 31 de janeiro de 2010

O cavaleiro preso na armadura

O cavaleiro estava chateado porque Juliet não acreditava que ele estava tentando retirar a armadura. Ele e o ferreiro haviam tentado, e continuaram empenhados nisso vários dias seguidos, sem obter sucesso. A cada dia, o cavaleiro ficava mais desanimado e Juliet mais distante.
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Finalmente, ele teve de admitir que os esforços do ferreiro eram em vão.
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- O homem mais forte do reino, realmente! Não consegue nem dar conta desta sucata de aço! - o cavaleiro gritou frustrado.
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Quando o cavaleiro voltou para casa, Juliet desentendeu-se com ele:
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- Seu filho não tem mais que um retrato como pai, e eu estou cansada de falar com uma viseira fechada. Nunca mais vou lhe dar comida pelos buracos dessa coisa nojenta. Esse foi o último naco de carneiro que amassei!
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- Não é culpa minha, se fiquei preso nesta armadura. Eu tinha de usá-la, pois só assim estaria sempre pronto para a luta. De que outro jeito poderia conseguir bons cavalos e castelos para você e Christoper?
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- Você não fez isso por nossa causa - argumentou Juliet. - Você fez isso para você mesmo!
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O cavaleiro sentia o coração partido, porque sua mulher não parecia amá-lo mais. Ele também temia que, se não tirasse logo a armadura, Juliet e Christopher fossem embora de verdade. Ele tinha de tirar a armadura, mas não sabia como fazê-lo.
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(Trecho retirado do livro "O cavaleiro preso na armadura", de Robert Fisher, Editora Record, 10ª Edição, págs 16 e 17.)
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Este foi o livro do ano para mim, em 2008. Na época, me senti a própria cavaleira presa na armadura, rs. Ainda me sinto assim, se bem que hoje a imagem que me veio foi a de uma capa, bem mais leve... ;-)
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sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

Essa danada dessa TPM, viu?

As histórias se parecem.
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Todas as mulheres de que já ouvi falar sabem que estão de TPM quando percebem que ficaram completamente transtornadas com algo que, olhando bem, não era tão importante assim, nem tão trágico, nem tão triste, nem tão irritante, rs...
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A danada sempre nos pega de surpresa; vem na surdina, disfarçada de indignação saudável, de insight (negro), de extremo cansaço, de frustração extrema com aquelas coisas que sim-ples-men-te não funcionam (aaargh!!). Mesmo quem sempre teve e já sabe como é nem sempre consegue evitar embarcar nas reações hormonalmente influenciadas dessa fase.
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Eu não tinha TPM até uns 3 anos atrás. Ao menos, não percebia nada que considerasse TPM. A minha "primeira vez" foi aterrorizante. Achei que ia morrer, literalmente, rs, porque não conseguia encontrar nenhum bom motivo para acordar no dia seguinte, já que minha existência era tão sem sentido... Qual não foi a minha surpresa ao acordar no dia seguinte menstruada e completamente de bem com a vida!
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Um autor de que gosto muito diz que a TPM é uma incrível oportunidade para o aumento da auto-consciência feminina. Acho que ele tem razão, até porque, para não enlouquecermos de vez, precisamos conhecer e aprender a pesar nossas reações emocionais.
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E, se possível, rir.
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Uma grande amiga minha me mata de rir todo mês, contando, em detalhes, o que a levou a passar meia hora chorando! Mas que fique claro que a "piadista" é a primeira a rir de si mesma - vê lá se eu ia rir na cara de uma criatura choraminguenta, rs!
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Como dito duas postagens atrás, só quem tem sabe. Encontro-me no processo neste momento e estou louca para chegar amanhã, quando o calendário jura que tudo parecerá melhor... :-)

Para consolar...

TPM

Só quem tem sabe...

terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Caminho do coração

Um dos assuntos que mais tem me fascinado ultimamente é o coração.

Mas como assim?

Para os “esotéricos” (palavra difícil...), o coração é o local físico/energético onde se localiza o nosso sentido de “eu sou” e também onde sentimos amor por outras pessoas, por animais, pelo mundo em torno de nós. Segundo mestres como Leslie Temple Thurston, Amma Bhagavan, Lucidor Flores, Osho, entre outros, é da natureza do coração amar simplesmente por amar, infinitamente, sem distinção de objeto, pessoa, lugar. Eles dizem que quando nos tornamos conscientes desse amor, tudo o que resta é uma enorme “empatia”, compaixão por tudo.


Há tempos que estou intrigada com esse amor tão grande, tão universal, tão divino, por assim dizer... Se tudo isso está dentro de mim e a meu alcance, então eu também quero!!

Mas por quê? Para quê? E isso existe, mesmo?

Desde pequena, sempre fui intrigada com "por quê", "para quê" estamos aqui? É uma dúvida que até hoje não consegui esclarecer, rs. Há anos venho buscando resposta, sem encontrar nada realmente satisfatório. Foi essa busca que me levou ao coração. Algo me diz que o coração poderá me ajudar a "significar" a minha existência. Tendeu?

Um parêntese: sempre que falo nesse assunto, entre olhares intrigados, perguntam-me por que é que eu penso nessas coisas! Afinal, tem tanta coisa pra se fazer no mundo, para quê ficar pensando nisso, meu Deus! Gente, eu não sei por quê... Papai do céu me fez assim, pensadora, rs...

Chega de filosofar e vamos para a prática.

A manifestação de amor incondicional que mais me intriga é a que despende tempo, conforto, dinheiro, por amor a outras pessoas. O exemplo mais fácil à mente é Madre Teresa de Calcutá, que sempre me impressionou – muito mais pela distância da disposição dela para a minha do que o contrário. Sempre confessei para mim mesma (baixinho) que jamais trocaria a minha vida, o meu conforto, para ajudar um monte de estranhos... Pessoas com problemas (intermináveis), chorando, pedindo ajuda, com todos os tipos de moléstias... Será que ela não se cansava?? O que é que a motivava a continuar??

Muito embora não tenha conhecido Madre Teresa, acredito em uma disposição, um chamado do coração, que algumas pessoas recebem de maneira mais incisiva que outras. Acredito que ela queria mais do que ser "bondosa"... Ela sentia necessidade de doar algo que estava dentro dela pedindo para ser doado... Estou pondo palavras no coração de Madre Teresa, rs! Mas é assim que entendo: ela sentia que tinha o que dar àquelas pessoas e isso era tão importante para ela quanto para eles. Era parte da jornada dela, muito além da bondade, da caridade politicamente correta.

Meu coração também está recebendo chamados... Ainda não sabe pra que lado quer ir, mas já começou a "ensaiar", rsrs! As coisas que vão me chamando a atenção vão ajudando a juntar os pedaços...

segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

Boas vindas!


Um blog.


Somente outro dia percebi que ter um blog tornou-se algo tão natural quanto ter uma conta de email, ou de msn. A idéia sempre teve seu apelo para mim, mas me perguntava, afinal de contas, quem iria querer ler sobre as caraminholas da minha cabecinha?? Tenho a convicção de que se as pessoas descobrirem o quanto caraminholo, nunca mais vão me levar a sério!! Isso é muito sério!!


Então, para livrar-me de toda e qualquer responsabilidade sobre o assunto, previno desde já aos senhores leitores e leitoras que, neste blog, irão encontrar:

- humor
- humores
- contradição
- introspecção (vulgo: caraminholas)
- personalidades (todas minhas)
- anseios de uma alma que ainda não se encontrou
- uma certa melancolia (vide item anterior)

Bom, sem mais delongas, desejo a todos uma boa leitura e diversão!