terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Caminho do coração

Um dos assuntos que mais tem me fascinado ultimamente é o coração.

Mas como assim?

Para os “esotéricos” (palavra difícil...), o coração é o local físico/energético onde se localiza o nosso sentido de “eu sou” e também onde sentimos amor por outras pessoas, por animais, pelo mundo em torno de nós. Segundo mestres como Leslie Temple Thurston, Amma Bhagavan, Lucidor Flores, Osho, entre outros, é da natureza do coração amar simplesmente por amar, infinitamente, sem distinção de objeto, pessoa, lugar. Eles dizem que quando nos tornamos conscientes desse amor, tudo o que resta é uma enorme “empatia”, compaixão por tudo.


Há tempos que estou intrigada com esse amor tão grande, tão universal, tão divino, por assim dizer... Se tudo isso está dentro de mim e a meu alcance, então eu também quero!!

Mas por quê? Para quê? E isso existe, mesmo?

Desde pequena, sempre fui intrigada com "por quê", "para quê" estamos aqui? É uma dúvida que até hoje não consegui esclarecer, rs. Há anos venho buscando resposta, sem encontrar nada realmente satisfatório. Foi essa busca que me levou ao coração. Algo me diz que o coração poderá me ajudar a "significar" a minha existência. Tendeu?

Um parêntese: sempre que falo nesse assunto, entre olhares intrigados, perguntam-me por que é que eu penso nessas coisas! Afinal, tem tanta coisa pra se fazer no mundo, para quê ficar pensando nisso, meu Deus! Gente, eu não sei por quê... Papai do céu me fez assim, pensadora, rs...

Chega de filosofar e vamos para a prática.

A manifestação de amor incondicional que mais me intriga é a que despende tempo, conforto, dinheiro, por amor a outras pessoas. O exemplo mais fácil à mente é Madre Teresa de Calcutá, que sempre me impressionou – muito mais pela distância da disposição dela para a minha do que o contrário. Sempre confessei para mim mesma (baixinho) que jamais trocaria a minha vida, o meu conforto, para ajudar um monte de estranhos... Pessoas com problemas (intermináveis), chorando, pedindo ajuda, com todos os tipos de moléstias... Será que ela não se cansava?? O que é que a motivava a continuar??

Muito embora não tenha conhecido Madre Teresa, acredito em uma disposição, um chamado do coração, que algumas pessoas recebem de maneira mais incisiva que outras. Acredito que ela queria mais do que ser "bondosa"... Ela sentia necessidade de doar algo que estava dentro dela pedindo para ser doado... Estou pondo palavras no coração de Madre Teresa, rs! Mas é assim que entendo: ela sentia que tinha o que dar àquelas pessoas e isso era tão importante para ela quanto para eles. Era parte da jornada dela, muito além da bondade, da caridade politicamente correta.

Meu coração também está recebendo chamados... Ainda não sabe pra que lado quer ir, mas já começou a "ensaiar", rsrs! As coisas que vão me chamando a atenção vão ajudando a juntar os pedaços...

2 comentários:

  1. Alguém uma vez me disse que corações nascem em diferentes "estados brutos". A vida se encarrega de lapidá-los. Vai ver que os nossos, os dos meros mortais, precisam de uma lapidaçãozinha extra que ainda não veio.

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  2. Também acho que é por aí, Raquel! Quem não nasceu já sabendo, vai descobrindo seu caminho aos poucos... ;-)

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