quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Tristeza e pé no chão

Uma das coisas mais engraçadas sobre a vida é o quanto a gente muda. E parece até que quanto mais frisarmos o quanto odiamos ou amamos uma determinada coisa ou situação, mais oposto será o nosso sentimento depois, rs.
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Assim foi comigo e o samba.
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Fui uma criança e adolescente enjoada para música, não ouvia quase nada. Gostava das coisas que minha mãe ouvia, Barbara Streisand, Carly Simon e outras músicas românticas, sempre em inglês. Decididamente, a música brasileira não me agradava.
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Em especial o samba. :-)
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Hoje acho uma delícia escutar um bom samba e especialmente, é claro, dançar. O que antes achava repetitivo e monótono (hein?!?!) hoje é garantia de horas e horas de diversão, sem descanso. Uma noite de samba, para mim, equivale a 10 sessões de massagem relaxante, acompanhadas de uma caixa de chocolates Lindt com champagne!! Adoro os mais antigos, românticos, debochados, porém sem tanta malícia, tristes... Engraçado como samba gosta de ser triste, rs. Curto um samba-enredo, porém em doses moderadas, pois haja perna pra tanta velocidade (aproveito para registrar meu profundo respeito às rainhas de bateria, vôte...). E sinto uma satisfação a mais por cantar e dançar um ritmo que é tão a cara do meu país.
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Bom, o samba que vou postar aqui se chama "Tristeza e pé no chão", cantado por Clara Nunes. Adooooro!!





Dei um aperto de saudade no meu tamborim
Molhei o pano da cuíca com as minhas lágrimas
Dei o tempo de espera para a marcação e cantei
A minha vida na avenida sem empolgação

Vai manter a tradição
Vai meu bloco, tristeza e pé no chão

Fiz o estandarte com as minha mágoas
Usei como destaque a sua falsidade
Do nosso desacerto fiz meu samba enredo
Do velho som da minha surda dividi meus versos

Vai manter a tradição
Vai meu bloco, tristeza e pé no chão

Nas platinelas do pandeiro coloquei surdina
Marquei o último ensaio em qualquer esquina
Manchei o verde esperança da nossa bandeira
Marquei o dia do desfile para a quarta-feira

domingo, 11 de dezembro de 2011

Andanças


Caminhar tinha um gostinho de vida de verdade que poucos pareciam entender. Havia uma alquimia curadora entre o cheiro do chão no calor escaldante, o ar pesado e úmido e sua respiração, aos poucos pausada e profunda. O cansaço das pernas trazia-lhe a serenidade de quem sabe: estou aqui. Essa presença se confirmava nas papoulas vermelhas do canteiro na rua, nas orquídeas violeta dos condomínios de elite, nos olhares absortos do povo simples que como ela caminhava, anônimo, seguindo seus destinos invisíveis.

Nessas andanças, romanceava sua cidade. Antecipava a diversão de ultrapassar cada obstáculo do caminho, imaginando o que vinha pela frente e fazendo pequenas alterações de rota, em busca das ruas mais bonitas e arborizadas, para passar por dentro de um parque ou escolher uma via menos deserta. As calçadas tornavam-se testemunhas, confidentes silenciosas de seus sentimentos mais guardados. Fizera amizade com elas, há muito. Lembravam-lhe dos dias conflituosos, do medo da rua, das pequenas vitórias e também dos tropeções, como daquela vez em que caíra retinha no chão de cimento, somente amparada pelas mãos. Um homem aproximou-se correndo e limpou suas mãos com as dele, afeto e cuidado simples que se daria a uma criança. Ela riu, por dentro.

Descobrira o prazer de descobrir uma nova cidade dentro da sua - quantas coisas são perdidas quando se anda de carro! Atravessar uma ponte a pé, por exemplo, revela um rio muito mais bonito. Pensava na sorte que tinha de estar experienciando realmente a vida. Pois, para ela, era assim: até o céu a pé tinha outra cor.

Quando perguntada sobre o que pensava dessa vida de andarilha, disse:

"Caminhar é um ser pequena que é ser grande. Ser livre, sem limites. É se misturar com o ar e com o céu, enquanto o corpo leva aonde se quer ir."

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Só as rosas falam...




Sim, finalmente consigo descrever o que está acontecendo agora... Ando sentindo muito mais do que me é possível expressar. Assim, o blog fica em silêncio, aguardando o processamento.

Neste momento, as flores falam muito mais do que posso eu mesma dizer. É belo, emotivo, frágil, facilmente machucado ou até mesmo destruído.

Delicada, espinhenta, doce, única. Cada flor é única.

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

sábado, 1 de outubro de 2011

Qual o seu número?

Já fui 34, 36 e de uns 10 anos para cá 38, mas confesso que já houve uns dois 40.

A partir dos 15 anos, virei 35 e só de quando em vez me torno 36.

Lembro de quando era 58, pouco antes da faculdade; hoje não sou menos que 65, já cheguei aos 68.

Também fui impressionantes 48 - um exagero; hoje fico em torno de 52, até 55.

E comecei com 0 e fui aumentando todo ano, +1, +1, +1...

Mas, ultimamente, parece que nenhum número me serve. Fiquei grande para as fôrmas, me apertam os parâmetros, me sufocam as definições. A caixinha ficou pequena e a alma transbordou.

Me esqueçam, medições. Agora eu só quero viver.

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Sobre a bagagem e as lembranças

Se você soubesse que iria deixar a sua cidade, para sempre, o que levaria??

Descobri que a minha mala precisa ser bem menor do que tinha projetado inicialmente. Não se pode levar TUDO. Deve-se escolher, com cuidado, o que vai e o que não pode ser deixado para trás, de jeito nenhum.

Nos itens dispensáveis, encontrei roupas mais velhinhas, roupas novinhas em folha, mas que nunca usei, livros que nunca li e miudezas de toda natureza, que ficavam guardadas nas gavetas. Aqueles restos de tecido que, um dia, eu usaria para fazer uma linda bolsa de retalhos. Minha coleção de esmaltes, as escovas de dentes reserva e um frasco de xampu cheinho. A cada revisão, para caber na mudança, uma surpresa. "Nossa, eu vou deixar ISSO para trás??? Puxa!! Nunca imaginei!!"

Importantes são as minhas roupas favoritas, os sapatos e documentos. Ah, os documentos!! A parte mais sem-graça da minha mala, ocupando um espaço razoável e que seria muito mais prazerosamente aproveitado por praticamente qualquer outra coisa, rsrs! A mobília foi com a companhia de mudança e junto foram os pratos, travessas e panelas. Ali também houve cortes radicais e em maior escala. Mesmo que outra pessoa embale e se encarregue do transporte, ainda assim não dá para se levar tudo.

O que não pode ser deixado para trás, de jeito nenhum, é a oportunidade de dizer às pessoas que amo o quanto elas são importantes para mim. Dizer que vou sentir saudades, agradecer por tudo, chorar... Descobri que, de tudo, são as lembranças os itens mais indispensáveis da minha bagagem. E aí surge uma disposição fora do normal de fazer malabarismos e dividir meu tempo em mil partes, só para trocar todos os abraços de despedida. Venço o cansaço e o sono para dedicar a todos uma atençãozinha especial.

E quando surge a crítica de que eu deveria expressar isso sempre e não só nas despedidas, lembro que as despedidas estão aí justamente para ensinar sobre a importância de nos abrirmos cada vez mais para aqueles que amamos. Nessa hora, o que é mais importante prevalece. As briguinhas perdem a força e o sentido. A saudade bate, mesmo antes de a distância acontecer. A cidade ganha cores diferentes e cada rua revela a sua memória particular. Não é possível levar tudo que se ama, nas mãos. Muitos projetos são deixados para trás e deixam aquela vontadezinha no ar. Mas não. É preciso ir em frente e cuidar dos sonhos que vem. Não faz sentido carregar uma bagagem tão grande quando se tem uma vida toda pela frente.

Estou aprendendo a me despedir, rs. Quando saí da terrinha, foi bem diferente. Não sei se eu estava muito em choque, se era mais imatura ou se, simplesmente, sabia que iria voltar, um dia. Somente desta vez me sinto realmente em despedida. Sei que não volto mais aqui ou, ao menos, não pretendo. Fiquei feliz de conseguir falar a algumas pessoas sobre meus sentimentos mais sinceros. É como se eu tivesse feito jus aos meus sentimentos e à amizade.

A partir de hoje, faltam 8 dias. Na próxima segunda-feira, se inicia uma nova etapa da minha vida: vou me casar, rs. Não que já não esteja casada, no coração, há bem mais de um ano. É um dia pelo qual venho ansiando há muito tempo. Pudera eu não estar dormindo tão bem, rs. Mas, mesmo com sono, estou muito feliz. :-)

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Delírios de Amélia

As feministas não vão gostar nada deste post, rsrs...

É que, de vez em quando, passo um tempo a visualizar-me como uma feliz dona-de-casa, mãe-de-família, rainha do lar, enfim, alguém totalmente dedicada ao bem estar doméstico. Nesses devaneios, me imagino alegremente limpando (hã??) a minha casa, cuidando da decoração, preparando mil novas receitinhas saudáveis e deliciosinhas para o meu marido e meus filhos, no meu lindo vestido acinturado e avental branco, rsrs.

De onde será que saiu isso?? Essa não era a fantasia das mulheres lááááá dos anos 30?? Ou será que isso ainda está no pano de fundo das nossas consciências, como um desejo herdado, entranhado e escondido, acessível apenas aos que estão dispostos a remar contra a maré atual??

Não sei, mesmo. Mas já superei aquela fase do feminismo exagerado, que foi necessário, no anos 60, 70, até 80, mas que hoje não tem mais cabimento. Hoje, as mulheres (no Brasil, na minha faixa sócio-econômica) estão em condições de escolherem o que querem ser, como querem agir, se isso estiver de acordo com seus parceiros (ou parceiras). E por que não escolher dedicar-se à família??

Fim das contas, entretando, acho que não nasci para ser "do lar". Por mais que adore meus momentos housewife, sinto uma enorme necessidade de estar no mundo e interagir com as pessoas e situações lá fora. Não costumo durar mais do que uma tarde do lado de dentro de paredes. A horas passadas cuidando da casa me dão uma sensação mista de satisfação e de confinamento e logo preciso sair correndo (literalmente), para arejar a alma.

A solução, para mim, é um malabarismo dos desejos e a administração do tempo para realizá-los. É ouvir, ao mesmo tempo, as duas Amélias em mim - a Earhart e a doméstica, rs. É sempre buscar um tempinho para ser eu mesma por inteiro, abraçando as minhas contradições. Acima de tudo, não me prender a estereótipos, sejam eles de tradição ou de feminismo.

Ufa!! Dá uma suadeira só de pensar, rsrs! E vamo que vamo! ;-)


sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Contagem Regressiva!



Agora é oficial!! Em menos de um mês, minha vida mudará de endereço!! Agueeeenta coração!! :-DDD

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Mala ao avesso

Hoje resolvi cometer mais um ato de fé e arrumei uma mala.

Essa mala foi bem diferente das outras que já fiz. Enquanto sempre tento imaginar o que vou usar, dessa vez só embalei o que imagino que não vou usar, rs. Em vez de calcular a quantidade de roupas para levar, estimei a quantidade que precisa ficar.

E o prazer de ver o armário ficando vazio, vazio é indescritível... :-)

Movimento Pequenos Prazeres


1. Afagar um cachorrinho.
2. Dar uma volta na rua, a pé, tarde da noite.
3. Fazer uma refeição só com café, pão francês e manteiga.

Gostou da idéia?

Então, publique os seus 3 pequenos prazeres e convide os amigos a fazerem o mesmo!

Mas antes dá uma passadinha lá no Reflexos e assiste ao vídeo editado pela Raquel, criadora desse movimento. É ótimo para a inspiração, rs!

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Estranha apatia

Ontem à noite fiquei, mais uma vez, boquiaberta com um quadro que se repete por vezes demais aqui, nesta cidade onde vivo há 6 anos e 8 meses. Nesse quadro, uma pessoa assiste, com aparente indiferença, enquanto outra passa por um "aperto" de tamanho pequeno a moderado. Nos casos, o espectador do "aperto" poderia, sem grandes esforços e nenhum prejuízo para si, livrar ou aliviar o colega ser humano de alguma chateação, mas, por algum motivo que me foge completamente à compreensão, o movimento não acontece. É como se a situação do outro simplesmente não acendesse, em quem apenas assiste, nenhuma fagulha de desejo de ser útil. É como uma apatia social.

Na terra de onde vim, a situação é bem diferente. Lá, a simples visão de um garrafão d'água dentro do meu carro, por exemplo, é suficiente para que o porteiro saia (às vezes correndo) de onde estiver e venha me oferecer auxílio. Também não é preciso pedir ajuda a ninguém com algum excesso de compras, os próprios vizinhos são os primeiros a agir. Parece haver, nessa cultura, um prazer embutido na realização da pequena boa ação que, por si só, é suficiente para impulsionar quem a pratica.

Suponho que precisaria de mais tempo vivendo aqui, nesta cidade, para realmente compreender o que é que (des)motiva as pessoas a agirem dessa forma. É como se um instinto social natural tivesse sido contido há tanto tempo e por tantas pessoas, que tornou-se regra não interferir na vida do outro, mesmo que seja para ajudar.

Pois ontem à noite estava em casa, quando ouvi a buzina insistente de um carro. Vários minutos depois, a buzinação continuava e finalmente fui à janela, entender o que estava acontecendo. Vi uma mulher, com sua filha de uns 7 anos, muito irritada e já ligando para a polícia. O motivo é que ela não estava conseguindo manobrar o carro para fora da vaga, por acreditar estar "trancada" pelo veículo que estava parado atrás, a uma certa distância. Fazia ao menos 15 minutos que ela estava ali buzinando.

Da janela de casa, logo percebi que a manobra era possível, se ela recebesse alguma ajuda. Prontamente desci as escadas e me ofereci para orientá-la. Mesmo atordoada e nervosa e "certa" de que não era possível, ela concordou em tentar mais uma vez e, em menos de 5 minutos, conseguimos. Ela me agradeceu muito, foi embora e eu voltei para o meu apartamento perplexa, pois o porteiro, que a tudo assitira, não tinha esboçado qualquer reação. Se ele tivesse ajudado no começo de tudo, a moça muito teria lucrado e ele, o que teria perdido??

quarta-feira, 31 de agosto de 2011

A Cabala da Inveja


"Se você tem uma mulher bonita, você é um mau amigo..." (Ditado iídiche)

Estou terminando de ler um livro muito interessante, do rabino Nilton Bonder, a Cabala da Inveja. Li-o por indicação de uma grande amiga e terapeuta, pois queria saber mais sobre esse sentimento tão humano, mas tão escondido, negado, escurraçado. Engraçado como ninguém fala de inveja sem fazer uma careta, rs.

O livro, para mim, é refrescante. Discorre sobre o assunto sem meios-termos e, melhor, sem julgamentos. A inveja é vista como o que é: mais um dos milhares de sentimentos que ocorrem a TODO ser humano, sem distinção de classe ou raça, sem poupar os "bons" ou os "maus". Ri um bocado ao me identificar com várias das situações do livro. Os judeus tem uma forma divertida de tratar esse assunto, suas parábolas sobre sentimentos invejosos são hilárias.


"Uma pessoa deve sempre levar em conta os sentimentos de seus vizinhos... Portanto, se eu tivesse ido a uma feira, por exemplo, e lá viesse a obter bons resultados, conseguindo vender tudo com um bom lucro, e retornasse com meus bolsos cheios de dinheiro e meu coração palpitando de alegria, não deixaria de dizer aos meus vizinhos que tinha perdido até o último dos meus copeques - que era um homem arruinado. Assim, eu ficaria feliz e meus vizinhos ficariam felizes. Porém, se, ao contrário, tivesse perdido tudo na feira e trouxesse comigo um coração angustiado, teria o cuidado de dizer aos meus vizinhos que nunca, desde que D'us criou as feiras, houve uma tão maravilhosa como aquela. Vocês me entendem? Sim, pois assim eu me sentiria muito infeliz e meus vizinho também, junto comigo..." (Sholem Aleichem)

O que mais apreciei nesta leitura foram as dicas sobre como evitar que uma situação de ódio cresça. Sim, ódio, pois para Nilton Bonder, a inveja está na esfera do ódio. A palavra é forte, mas Bonder classifica como geradores de ódio toda raiva, ressentimento e mágoa. Ele explica a diferença entre ódio "simples", revanche e rixa e deixa claro: a vítima do ódio tem um papel mais crucial no tamanho final da disputa do que o que primeiro atacou. É uma percepção valiosa, pois ao sentir-me lesada por alguém, sempre me achei no direito de rebater com igual ou maior força, sem entender porque é que isso aumentava o meu próprio mal-estar, em vez de aliviar...

No fim das contas, fiquei com a impressão de que, como todos os sentimentos, a inveja é inevitável, assim como a geração de ódio em torno de nós. Afinal, nem sempre podemos evitar que nossas atitudes ou sentimentos incomodem os nos que nos cercam, assim como não podemos (nem devemos) negar quando aquela pontinha de inveja/raiva simplesmente surge dentro de nós. Estamos o tempo todo pisando nos calos uns dos outros, mesmo sem saber, e também sendo pisados. Mas podemos agir com mais consciência ao lidar com as situações que ocorrerem. Para isso, é importante saber reconhecer os sentimentos em nós mesmos, sem medo ou vergonha, para que assim possamos ajudar o mundo e ao próximo. Como diz o Bescht (século XVIII - A Cabala da Inveja, página 137):

"Quando alguém enxerga faltas em outra pessoa e passa a não gostar dela em função destas fraquezas, certamente possui algo destas mesmas faltas em si próprio. Portanto, repreenda primeiro a si próprio por enxergar faltas e, só então, estando você mesmo num estado de relativa impureza, repreenda o outro. Desta maneira, você não odiará o outro, mas terá carinho por ele. Quando você o repreender, isto se dará a partir de uma atmosfera de carinho. Assim, esta pessoa tornar-se-á afeiçoada a você, vinculando o que há de bom nela com o que há de bom em você."

Sendo uma leitura muito detalhada e rica de conceitos novos, ao menos para mim, sei que precisarei reler para melhor aproveitar o livro. Mas recomendo demais a quem se interessar por conhecer sobre a sombra humana.


*Todas as citações deste post foram extraídas do livro A Cabala da Inveja.

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Você cresceu? Mas de verdade??


Quem disse que crescer era fácil?

Isso, realmente, ninguém nunca me disse. E é fato que me preveniram de que o "amadurecimento" era uma tarefa para a vida inteira, até já ouvi muito falar da tal "criança interior... Mas puuuuuutz! Acho que ninguém poderia me preparar para isso!

Ninguém poderia me preparar para perceber que, em determinados assuntos, não amadureci nem um dia desde que tinha uns 7 ou 8 anos de idade. Às vezes posso perceber que estou aferrada a conclusões tomadas quando tinha essa ou aquela idade, mas comumente sinto-me incapaz de mudar. Ou então percebo que um determinado sentimento - agora o foco é nos sentimentos negativos, tá? - me acompanha desde que me lembro de mim!

Tá, sorte minha que, depois de todo o zen que venho praticando, já sei que "não sou isto", o que ajuda um bocado a estourar "bolhas" problemáticas... Mas puuuuuuutz!! Onde é que eu estive esse tempo todo, que deixei juntar tanto pó?!

No fim das contas, questionamentos à parte, resta-me a jornada de resgate de mim mesma. Um minucioso repaginamento da minha vida, revisão de opiniões, atitudes, às vezes um confrontamento de mim mesma, entre as antigas e as novas visões do mundo. Às vezes o encontro com uma criança birrenta, que faz bico e fica amuada, ainda não disposta a soltar alguma decisão que lhe parece muito importante. Outras vezes, apenas uma tristeza oceânica, uma sensação de entorpecimento sem fim, um desencantamento com a vida que me faz duvidar da minha capacidade de experienciar este mundo. Querer jogar a toalha e dizer a Deus que não consegui. Mas, do mesmo jeito que vem, os sentimentos se vão...

Passar dos 5 aos 32 anos é algo que acontece com uma pessoa, independentemente de sua vontade. Queira ou não, se estiver viva, o corpo irá crescer e desenvolver-se, amadurecer e começará até a envelhecer. Mas sair dos 5 para os 32 emocionalmente... Esse tipo de crescimento é uma escolha. E um desafio.

Mudança de título

O blog voltou ao título original, simplesmente porque me pareceu mais certo assim... :-)

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Voltando...

Acho que somente ontem voltei, realmente, do retiro... Lendo o meu último post, antes do Kyol Che, percebo continuidade entre o antes e o agora. Só que eu não fazia a menor idéia do que vinha pela frente...

Como disse a Raquel, não há um retiro igual ao outro. Depois das surpresas - gratas e ingratas, rs - do primeiro retiro, podemos ter a inocência de acreditar que as impressões se repetirão, de forma confortavelmente previsível, nos segundo, terceiro, quarto... Que belo engano!

Para mim, o Kyol Che deste ano foi, sim, um corte com o passado. O que se "quebrou" dentro de mim não tem volta, pois negar a consciência de um fato é algo que só as crianças conseguem fazer... Falta-lhes a noção de que é impossível fazê-lo, por isso conseguem. Como uma criança assustada, ainda sofro com a ausência da proteção imaginária que criei em torno de mim e que cultivei durante tantos anos. Ter consciência dói. Mas também cura...

Hoje, quase uma semana após o fim do Kyol Che, posso dizer com segurança que o tal "corte" foi uma bênção em minha vida. Ainda estou me ajustando à nova forma de ver e de sentir o mundo, mas sei que tudo o que está acontecendo é uma resposta aos anseios mais profundos da minha alma. Ver, saber, sentir a verdade de quem eu sou.

domingo, 10 de julho de 2011

Cut Loose

Todos os dias, entre os milhares de pensamentos que acontecem em mim, alguns chamam a minha atenção. São vozes (internas?? externas??) que destoam do turbilhão automático e frenético, que parecem tocar mais fundo a minha alma. Vem como frases soltas, frases "chave", frases que, para mim, se tornam um lembrete que, incerta, repito para mim mesma, confiando que deve ser algo importante.

Esta semana veio uma frase, radical, revolucionária e um tanto assustadora. Veio em inglês, como tantas vezes vem. "Cut loose".

"In order to grow, you must cut loose."

"Cut loose from who you were before. Your matrix is no longer good for you."

Mais do que um conceito, essa frase veio como uma sensação, a percepção de que a "matriz" de quem sou, aquele conjunto de referências, verdades e fatos a que recorro quando quero "me achar" dentro de mim mesma, isso já foi ultrapassado. Resta apenas uma espécie de "hábito" de pensar e conduzir a mim mesma da velha maneira. Quem existe hoje vê o mundo de maneira bem diferente do que já foi. A frase veio para me lembrar de que já estou pronta pra abandonar qualquer compromisso com a velha ordem e abraçar, plenamente, o novo.

domingo, 3 de julho de 2011

Abominável

Hoje fiquei sabendo que uma amiga passou por uma experiência abominável, que nenhuma mulher deseja para si, nem mesmo para sua pior inimiga... Saber que esse tipo de coisa acontece é terrível, mas quando é com alguém que conhecemos... Temos uma medida mais exata do choque, do sofrimento, da revolta.

Sinto muito, muito mesmo em saber que uma pessoa tão carinhosa como ela tenha sofrido algo assim. Não somos íntimas, na verdade pouco sei sobre sua vida. Mas nutro por ela o carinho que se nutre por uma pessoa gentil, que sempre nos recebe com um sorriso, que sempre procura nos oferecer o melhor de si.

Agora só resta enviar a ela o meu amor e agradecer a Deus por ela estar viva. O que quer que ela tenha a aprender com essa experiência, é uma lição muito dura... Ela precisará estar cercada de amigos, para apoiar-lhe nesse processo.

quarta-feira, 22 de junho de 2011

Parabéns pra mim!




É hoje o meu dia especial!

Aniversários, logo antes, durante e após os 30, disparam sentimentos bem contraditórios, rs..

Tudo depende do que você já alcançou, do quanto se sente realizado, do que esperava para si a essa altura da vida... .

Engraçado que mesmo quem se diz sem expectativas descobre várias delas quando os 30 se avizinham. A crise é quase inevitável.
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Há quem culpe os astros. "É o Retorno de Saturdo", dizem.
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Seja de quem fora culpa, o fato é que não conheço nenhuma mulher que tenha escapado da cruel auto-avaliação desse período. Os homens, aparentemente, passam por essa fase em torno dos 35 anos.
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Bom, ao menos a Existência nos dá, em troca pela juventude, a bênção de uma sabedoria que só é conseguida com o passar dos anos. Meu consolo é que não trocaria quem sou hoje por quem era alguns anos atrás. Também não queria ser criança novamente!! Hoje me sinto muito mais equilibrada, em comparação com o que era, relativamente pouco tempo atrás - e olha que só tenho 32 anos. Imagina o que me aguarda nos anos por vir??
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Sendo assim, parabéns pra mim, nesta data querida, muitas felicidades, muitos anos de vida!! :-D

terça-feira, 21 de junho de 2011

Bendito enjôo

Certa vez, uma grande amiga estava me contando sua experiência de dor profunda, pela morte de um ente querido.

"Eu chorava todos os dias", ela dizia. "Achei que iria morrer de tanta dor. Aquilo me parecia insuportável e sem solução."

Foi então que ela falou, de uma maneira muito interessante, sobre a superação dessa dor:

"Sofri durante quase 2 anos. Até que um dia, enjoei de tanta tristeza. A tristeza é assim; uma hora, você enjoa dela e aí larga. Ela vai embora."

Percebi que estava ouvindo algo muito sábio. Saquei também que isso se aplica a qualquer sentimento desagradável (provavelmente agradável também... hum...).

Talvez seja isso que acontece na vida da gente. Quando queremos tanto mudar algo em nós que não nos agrada, mas não conseguimos... Daí um dia, como que por mágica, pronto: a coisa anda. De repente, temos a força e a clareza para tomar um rumo diferente. Sempre fico me perguntando por que - ó, céus, por quê?!?!? - eu não conseguia tomar a atitude revolucionária antes... Mas a resposta passa um pouco por aí: eu ainda não tinha enjoado de me sentir da maneira antiga. De alguma forma, ainda era bom.

sexta-feira, 17 de junho de 2011

quarta-feira, 25 de maio de 2011

an.si.e.da.de

1 Aflição, angústia, ânsia. 2 Psicol Atitude emotiva concernente ao futuro e que se caracteriza por alternativas de medo e esperança; medo vago adquirido especialmente por generalização de estímulos. 3 Desejo ardente ou veemente. 4 Impaciência, insofrimento, sofreguidão.

(Michaelis)

Embora não possa precisar um motivo específico, sei que o que estou sentindo agora é ansiedade. Coração ligeiramente acelerado, constantemente, respiração curta, suspiros... e a leve suspeita de que há algo a ser feito. Mas o quê?? A resposta, que precisa vir de dentro, não existe.

A ansiedade às vezes tem essa cara: cara de nada. Sentada na frente do computador, dia lindo, manhã gostosa, pouco trabalho a fazer... e ansiosa, rs. Nenhum pensamento específico me perturbando, nenhuma idéia fixa, nenhum dos fatores que normalmente me jogam no redemoinho de angústia. Se posso enumerar algumas causas para a ansiedade? Sim, posso. E, possivelmente, elas SÃO as causas, rsrs! Mas, desta vez, a manifestação está mais física do que mental.


Ô vontade de pegar a bike, a cachorra e ir para o mundo!!

quinta-feira, 19 de maio de 2011

O que É

O ritmo do sol é só dele
A chuva cai onde estiver
O dia segue à noite
Os ciclos se repetem
Ou mudam...
.
Querer? É poder??
Querer é penar
É brigar com Deus
E com o tempo
E com o que É
.
Aceita
Chora
Xinga
E vive

terça-feira, 17 de maio de 2011

Soltando o resultado

Coisa de uma semana atrás, guardei alguns minutos, antes de dormir, para rezar.
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Ao iniciar a minha oração, de repente não me parecia "certo" pedir pelo que eu queria. Não que fosse "errado" pedir, apenas não parecia ser o que eu realmente queria fazer.
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Para continuar essa história, preciso explicar uma coisa. Neste momento, o que acontecer na vida de uma outra pessoa terá efeitos significativos na minha vida. Se, para ela, as coisas ocorrerem de uma maneira A, minha vida toma um rumo. Se de uma maneira B, outro.
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Então, ao iniciar a minha prece, comecei pela maneira habitual de rezar: "Peço que aconteça isso e aquilo, e mais aquilo outro, se não for abusar..." Parei. Senti. E o que saiu foi o seguinte:
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"Peço que aconteça o que for melhor para essa pessoa. Que aconteça o que for melhor para ela."
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Essa prece saiu forte, serena, decidida. A mente ainda precisou se ajustar à idéia que o coração já tinha processado. Então, a mente disse:
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"Mas... claro... faz sentido. Se confio na Existência e na sabedoria misteriosa dos acontecimentos, o que for melhor para essa pessoa será, necessariamente, o que é melhor para mim."

segunda-feira, 16 de maio de 2011

Post com jeito de tweet...

Chegar de viagem e vir direto pro trabalho me deixa completamente sem paciência com todo mundo que fala comigo... Tudo o que quero é que não me incomodem e me deixem fingir que não estou aqui, até o final do expediente.

domingo, 8 de maio de 2011

Amor a mil II



Whenever I'm alone with you
You make me feel like I am home again
Whenever I'm alone with you
You make me feel like I am whole again


Whenever I'm alone with you
You make me feel like I am young again
Whenever I'm alone with you
You make me feel like I am fun again


However far away
I will always love you
However long I stay
I will always love you
Whatever words I say
I will always love you
I will always love you


Whenever I'm alone with you
You make me feel like I am free again
Whenever I'm alone with you
You make me feel like I am clean again


However far away
I will always love you
However long I stay
I will always love you
Whatever words I say
I will always love you
I will always love you

quinta-feira, 5 de maio de 2011

Amor a mil (km)


Bom dia, amor!

Que bom saber!

Como foi?

Já chegou?

Vai sair?

Então boa noite

Divirta-se!

Foi bom?

Manda uma foto

Eu teria gostado

Quem sabe na próxima...

Cheguei em casa

Skype?

É hoje?

Então vai lá

Não esquece

De mandar uma mensagem

Dizendo que me ama

sexta-feira, 29 de abril de 2011

segunda-feira, 11 de abril de 2011

Acthim!!

É, o blog está meio empoeirado.

Digo "meio" somente porque, de vez em quando, ainda o visito, para ver se postei algo de novo, rsrs!

A graça é que tenho tido tantas coisas pra dizer, importantes, essenciais, revolucionárias. Mas não calho de querer escrever.

Este post é pela estatística.

domingo, 20 de março de 2011

Arrumações na vida

Como a vida é cheia de "concidências", peguei esta semana o vídeo em que a Leslie fala sobre a importância de se manter a sua casa limpa, bonita e arrumada.

Foi um alívio ver que, ao menos, já comecei o processo de que ela fala, investindo tempo e dinheiro na arrumação da minha casa. Por outro lado, ainda estou loooooonge de ter a disciplina necessária para manter tudo em ordem, rs!

E então, hoje de manhã, tendo acordado às 11h, ligo a tv e decido assistir a um programa sobre noivas que precisam caber em seu vestido e depois programa de Gillian. Os programas me trouxeram a noção de vale a pena fazer pequenos - ou grandes - esforços para melhorar nossos hábitos diários.

No momento, estou bagunceira, durmo tarde demais, acordo mais tarde ainda e, por isso, termino pulando o café-da-manhã. É verdade que me sinto bem quando durmo tudo o que preciso, mas fico sempre com a incômoda sensação de que "perco" uma parte do dia que poderia ser muito prazerosa, produtiva. Nunca mais saí para andar com Lilica de manhã, por exemplo, pois tenho acordado em cima da hora de sair para trabalhar.

Faz uns anos já que despertei para a necessidade de dar um novo rumo à minha vida, reavaliar velhas crenças, alinhar-me a um propósito de vida que fale mais com a minha alma. Isso já tem ocorrido, de várias formas, mas ainda sinto a necessidade de fazer alguns ajustes críticos.

É fato que algo também me diz que nunca chegarei exatamente nesse lugar harmônico e plenamente satisfeito que imagino aqui, nessa minha cabecinha, rsrs, e então possivelmente os "ajustes" serão mais um movimento constante do que uma fase. Mas acredito que há mudanças que "fazem toda a diferença" e se tornam "marcos" de mudança.

Bom, vou ali lavar a louça suja. Tenho que começar de algum lugar, né?? ;-)

sexta-feira, 11 de março de 2011

O papel do chefe



E mais uma vez o assunto de "ser chefe".




Penso demais nisso, primeiro porque penso demais, por natureza, e depois porque... ser chefe é um saco! Dá muito o que pensar, rs!




Bom, voltando ao assunto, comecei a me perguntar para que diabos é que existe esse negócio de alguém ser o chefe. Por que não simplesmente pemitir que as pessoas façam, cada uma, o seu papel e deixar que a solução dos problemas ocorra por inciativa espontânea??




A resposta?? Porque a vida não é igual a uma propaganda de Doriana!!




A verdade é que tem coisas que são uóóóó de resolver e daí que cria-se a necessidade de nomear alguém como sendo "o" responsável pelo babado. Essa pessoa, por imposição do cargo, terá que "desilinhar" o ninho de rato que aparecer, mesmo que esteja com enxaqueca, com sono ou de TPM. É claro que ninguém em sã consciência iria querer ser esse pobre cidadão desafortunado, que tem que correr atrás e inventar solução pra tudo que é chatice, então oferecem uma "gratificação": a isca!



Tenho que admitir que o esquema funciona. Ter o peso da chefia nos ombros faz de qualquer reles mortal um mestre na arte de descobrir o segredo mais oculto para solucionar o problema mais improvável - e dentro de um prazo impraticável!! Você passa a prever broncas com 1% de possibilidade de ocorrer e a lembrar de exceções a regras obscuras, de que você mesmo só ouviu falar uma única vez, meses antes... É sério, acho que todo chefe vira um gênio! :-P



Ainda assim, muitos são os dias em que acho que não nasci para a coisa. A pressão e a dor-de-cabeça, a meu ver, não compensam a "gratificação". Insisto, em parte por necessidade do serviço, em parte por questões políticas, mas também por querer acreditar que a prática tornará o peso menor.



Será?

terça-feira, 1 de março de 2011

1 ano! (ou seriam 7??)


Hoje Lilica faz 1 aninho!!

Como todo bom cão, ela não faz a menor idéia disso, rsrs! A emoção e curtição ficam todas por minha conta. :-P Ganhou 2 presentes: uma coleira nova, com identificação, e um petisco cheirosérrimo, brinde do atendente do Pet Shop.

Agora ao detalhe triste (também só para mim, completamente indiferente para ela): justo hoje foi o dia em que a deixei no hotelzinho. Tadinha do meu bebê!! :-/

Levei todos os objetinhos "pessoais" dela e mais a blusa que usei para dormir de ontem para hoje. Uma vez lá, ela saiu correndo pelo gramado e mal olhou para mim. Tava super-curiosa com o gato da propriedade, que tratou de lhe dar uma patada, rsrs. Claro que fiquei morrendo de pena, mas... acho que ela ficou à vontade por lá. Assim espero!!

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Momento SPA

Hoje, finalmente, entreguei um trabalho que vem me sobrecarregando há mais de 15 dias e que literalmente me tirou o sono de ontem para hoje.

Sentindo-me miserável e infeliz, cansada, com sono e ao mesmo tempo elétrica, decidi num impulso ligar para o NUWA, onde nunca tinha ido a não ser para distribuir os panfletos dos workshops de Renascimento. A escolha deveu-se ao fato de que resolvi que eu merecia uma massagem top de linha e que, por isso, escolheria um lugar bom e pagaria caro, se fosse preciso.

Foi o dinheiro mais bem gasto dos últimos tempos (calma, amor, é só uma força de expressão, viu?! Afinal, não há dinheiro mais bem gasto do que as passagens para te ver, as nossas viagens, jantares especiais, as alianças, e tanto mais...). Isso porque a massagem contratada incluiu:

- um escalda-pés delicioso
- uma massagem nos pés
- chazinho com biscoito
- a massagem contratada
- sauna depois

Além disso tudo, o lugar é delicioso, o atendimento muito bom, a música muito bem escolhida, o chuveiro uma delícia... A gente se sente em outro universo, rs, parece coisa de filme!

Não consegui fazer a massagem originalmente contratada, com pedras quentes, pois houve um blackout 5 minutos antes da minha chegada que impossibilitou o trabalho com as pedras. Então fiz a Massagem Terapêutica, cujo objetivo era o desfazimento de nódulos e tratamento de dores musculares. A falta de energia foi, ao mesmo tempo, um bônus: a casa estava iluminada por velinhas, distribuídas em copinhos de vidro, no chão. Deu um climinha escurinho e delicioso... Assim que comecei o escalda-pés, já era outra pessoa... :-)

Saldo da experiência: estou leve, feliz e decidida a voltar mais vezes e experimentar outras coisas. Acho que uma vez por mês dá para administrar, rs! Duro vai ser esperar o dia de ir!!

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Passeio no Parque!

Fábula

Era uma vez uma menina feliz e ingênua, que ganhou de presente um Probleminha.

Todos os dias, ela alegremente cuidava do Probleminha, que apesar de meio problemático, era diferente e representava um desafio interessante. Apesar de sentir dificuldade de arrumar tempo para cuidar de todos os outros problemas gerados pelo Probleminha, ainda assim o presente parecia ser uma excelente oportunidade de aprender a resolver problemas.

Com o passar do tempo, o Probleminha cresceu, saudável, e tornou-se um robusto Problema. Correspondentemente, os problemas gerados pelo agora crescido Problema se tornaram maiores e mais problemáticos de se resolver. E foi só aí que a menina percebeu algo fantástico: de alguma maneira, o Problema havia conseguido se reproduzir, gerando vários Probleminhas diferentes, com ramificações próprias de problemas consequentes!!

Com uma ninhada de Problema e Probleminhas nas mãos, a menina já perdera o entusiasmo e o bom-humor de procurar soluções, além das contas de quantos Problemas, Probleminhas e derivados tinha. Era um Problemão só. Exausta e desnorteada, passou a bater de porta em porta, procurando quem pudesse ficar com algum dos Problemas, já que, para seu desespero, não era mais possível nem mesmo por em prática todas as soluções encontradas sem ajuda.

A fábula dessa menina não tem fim. Até os dias de hoje, ela continua lutando para resolver seus Problemas, levando-os de porta em porta, em busca de auxílio, um trocado, uma palavra de conforto que seja. Sabendo que não pode simplesmente larga-los ao léu, ela sonha com o dia em que algum desavisado aceitará um presente seu...

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Pet-Hotel

Hoje visitei o hotelzinho em que Lilica vai ficar durante o carnaval. É a primeira vez na vida dela - e na minha - que isso vai acontecer. Preciso dizer que não estou muito empolgada?? :-/
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Fui lá conhecer, porque tem de tudo nesse ramo. Da última vez em que visitei um lugar desses, recomendado por um amigo, fiquei tão chocada que achei que nunca conseguiria deixar Lilica num hotelzinho. Mas as implicações de leva-la comigo desta vez me fizeram insistir na busca de um lugar razoável.
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Parece que encontrei. O "hotel" fica no quintal da casa de uma veterinária, consistindo de um gramado espaçoso, cercado pelos canis. Cada canil tem uma parte coberta e outra a céu aberto, com grades que dão para o gramado e uma porta interna, para o caso de chuva. Achei interessante o fato de que os cães conseguem ver uns aos outros, se assim quiserem.
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Outra coisa que me passou confiança foi a "energia" do proprietário, marido da veterinária, que foi quem me recebeu hoje. Pareceu ser uma pessoa tranquila, simples e que gosta de cães. O lugar, em si, tinha uma atmosfera tranquila, silenciosa, num ponto mais alto da cidade.
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Acho que ainda vou me incomodar muito com a idéia de deixa-la, mas... Quem sabe até ela não acha bom, né? Vai passear mais vezes do que quando está em casa, vai ver outros cães todos os dias, quem sabe até, como ela é muito fofa, não ganha um colinho do pessoal da casa... É a parte que mais me incomoda na idéia do hotelzinho: a falta de contato físico, de carinho. Pena que a Tia Rô não vai poder ficar com Lilica desta vez, mas seria realmente a solução ideal.
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Bom, precisamos, ao menos, fazer a experiência. Já ouvi histórias lendárias de cães que choram para não irem embora dos hotéis, rs, então esperemos que esse seja o caso de Lilica.

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Desenrolada!

Eis o ápice de mais de um ano de aulas de tecido acrobático!
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Desde o primeiro dia de aula, essa queda se tornou minha maior ambição! Isso porque ela sempre é mencionada pela professoras como algo "a se trabalhar para chegar", que "exige mais consciência corporal", além de segurança, já que tem que ser feita bem do alto e tem uma pegada "torcida" no começo.

Mas, fora isso, achei até bem simples! A gente aprende por último mais por segurança do que pela complexidade da armação. E cair, em si, é uma delícia! Difícil só manter o corpo todo esticadinho, especialmente os braços, já que a tendência instintiva é "ajudar" a desenrolada, movendo os braços, como se isso fizesse alguma diferença, rsrs! O truque para uma queda bonita é abrir bem as pernas e braços, manter tudo esticadinho e fingir que não é você que está caindo!

Bom... Ainda vou curtir esse momento um tempinho, antes de passar para a ambição seguinte. :-)

sábado, 12 de fevereiro de 2011

Reality Check

É isso aí.

Minados que foram os meus sonhos de resolver rapidamente a minha situação, resta-me a resignada solução: fazer uma limonada dos limões azedos que recebi.

E daí começa uma mini-reforma no meu apartamento, para tornar mais agradáveis os meses a mais que serei obrigada a passar por aqui. Se o mercado imobiliário não me permite mudança, mudarei o que tenho agora.

O momento é de praticar toda a minha filosofia sobre viver zen, sobre celebrar o que "realmente importa". Nem eu mesma aguento mais as minhas lamúrias. Não tenho nenhum bom motivo para ser infeliz e não pretendo ficar alimentando os motivos que inventar.

Ainda assim... Lamento estar longe do meu amor. Lamento não poder pagar o aluguel de um lugar mais confortável para mim e para Lilica. Lamento saber que essa situação pode perdurar muito mais tempo do que me sinto preparada para suportar... Lamento que eu não tenha tomado certas atitudes antes e que agora precise esperar. Lamento ter que viver sozinha mais tempo...

Sendo o mais zen possível, posso dizer que acredito que as dificuldades servem para nos ajudar a perceber o que é que realmente importa na vida. Nos ajudam a decidir se vamos chorar as "perdas" ou celebrar o que já temos de bom.

(viu, Luciana?!)

domingo, 30 de janeiro de 2011

Ecobike

A manhã de hoje foi esportiva e ecológica: fui de bike para uma cachoeira perto daqui!

Ok, não é bem uma cachoeeeeeira. Tá mais pra um "corguinho" agitado, rs! Mas, mesmo assim, é um pedacinho muito legal da natureza, dentro de Brasília.

De acordo com o Google Maps, o percuso até lá foi de aproximadamente 13 km. A foto abaixo mostra o caminho aproximado que fizemos, partindo da minha casa - ponto A - até a QI 19 do Lago Sul - ponto B. O google só mostra o trajeto de carro, então, de fato, pedalamos um pouco mais, já que entramos por uma mata.


Moleza, né?? Até seria, se fosse um pedal noturno. Mas com o sol escaldante e o clima eternamente seco de Brasília, o bicho pegou! Ainda mais porque, por algum motivo estranho, todas as descidas da ida, de repente, se transformaram em subidas na volta!! Hahaha!!

Mas foi muuuuuuuito legal, tudo o que eu queria neste domingo. E eis algumas fotos:


O "poço" - e no fundo, entre as árvores, as nossas bikes



A "cachoeira"


Frozen Lu (pense numa água gelada!!)


Bela - a minha professora de tecido, que me levou para esse lugar.

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

1 Ano!




Hoje o Just Breathe/Move! faz um ano!




E pensar que eu nem sabia se esse negócio de blog era a minha praia, rs... Mas tem sido tão legal, que acho que vou continuar postando ainda por muito tempo.




Um beijão a todos! Alguém quer bolo?? ;-)


segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Move!

Gostaram da novidade?!?

Pois é, o nome do blog mudou - não sei por quanto tempo, talvez alguns dias, semanas, talvez só por hoje, rs! É que estou num momento bem "físico" da vida e simplesmente senti necessidade de renomear o blog.

Faz uns meses que percebi isso... Ok, talvez já faça uns anos... Mas me mexer, simplesmente mexer o corpo, é algo que me faz um bem danado. Sempre que venço a inércia e a preguiça, os resultados são incríveis! Eu gosto mesmo de me exercitar, especialmente se for de brincadeira, algum esporte, algum jogo. Sempre gostei. E sempre fui do tipo que não cansa, se estiver empolgada.

Então hoje realizei mais um mini-sonho: fui trabalhar de bicicleta! Tá certo, também não é a primeira vez na minha vida que faço isso, mas é a primeira vez em muuuuuuuitos anos. Foi muito legal, apesar de bastante cansativo. Não sei quantas vezes por semana estarei disposta a isso, mas... valeu demais.

E agora então, que voltaram as aulas de tecido... fica muito claro, a solução é simples: move!

As caminhadas matinais com Lilica também têm ajudado. Por mais preguiça que eu tenha, o fato é que termino caminhando aproximadamente por uma hora com ela, todos os dias, num passo rápido, que é o recomendado no passeio com cães. Daí que, após uns 20 minutos, ocorre sem falha o efeito "dissipador de nuvens mentais" que os exercícios têm sobre mim. E daí é como um despertar, novamente, para a beleza do dia, do mundo, para a simplicidade, e me sinto grata por poder abrir os olhos e ver o dia, respirar o ar... Uma felicidade muito simples e muito gostosa.

Aí que agora só penso em andar de bicicleta, rs. A sensação gostosa que fica depois de uma pedalada é viciante (deve ser mesmo, endorfinas!), dá vontade de mais e mais. Mas o melhor de tudo é a gratificação de sentir que estou aproveitando mais a vida, passando mais tempo ao ar livre e mexendo meu corpo. Tudo de bom!

E a caminhada em direção ao que realmente importa continua, cada dia apresentando um novo viés, levantando mais um dos véus de ilusão, abrindo mais uma porta. Vou chegando... :-)

P.S: Ah! Junto com o novo nome veio um vermelho, mas um pouco por falta de paciência de pesquisar, já que passa de meia noite, apelei para um modelo pronto do blogger, rsrs!

sábado, 22 de janeiro de 2011

Lilica Ciclista!!


Digam se não é uma fofa?!?

Pois ela se comportou como uma lady desde o primeiro momento! Até demos uma volta no quarteirão!

Agora só falta fazer algumas adaptações, para conforto e segurança durante o passeio: um cinto de segurança improvisado e um piso de papelão forrado, para que as unhas dela não enganchem na cestinha.

E aos que ouvirem, como eu ouvi, que não é possível instalar uma cestinha em bike que possua amortecedor dianteiro, eis a prova de que é possível, sim!! Demorou, mas achei quem tivesse a solução para o caso. Ficou perfeita!

Abaixo uma foto da bike toda.