quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Problemas reais

A Helena chegou e chegou bem. Para todos que vínhamos acompanhando a história, é um alívio imenso, com gosto de milagre. Mais ainda porque a Lu está bem. Parabéns, Lu, Helena e Woltony! Vocês merecem este momento!!

A Lu descobriu um câncer pulmonar aos 4 meses de gravidez. A despeito das recomendações de alguns médicos, ela decidiu ir em frente com a gravidez e fazer os tratamentos ao mesmo tempo. De lá para cá, o câncer não apresentou melhoras, ocorreram metástases no cérebro, nas adrenais e no pulmão que antes estava "limpo". A Lu teve que ir várias vezes a São Paulo, para fazer radioterapia e por fim ficou lá de vez, pelo menos até a Helena nascer. De acordo com a postagem de ontem, o médico constatou que o crescimento de Helena tinha diminuído um pouco e decidiu que era hora de ela nascer.

O riscos dessa cirurgia eram muitos - a Lu e o Woltony nos mantiveram atualizados de todos os detalhes da evolução das condições de saúde dela e dos acontecimentos diários - então estávamos todos bem apreensivos. Mas deu tudo certo!

O caso da Lu, por ser alguém que conheço, tem me ajudado muito a dar uma medida dos meus "problemas". Afinal de contas, eu não tenho problemas reais. Problemas reais são como o da Lu, como o das pessoas que estão agora no Haiti. E, ainda assim, é a maneira como as pessoas encaram os seus problemas que faz a diferença.

Recomendo demais a leitura do blog da Lu. É uma lição de vida. Nem a conheço tão bem, mas quando fiquei sabendo que aquela pessoa tão meiga que conheci estava vivendo essa situação horrível... Foi um choque. Chorei muito quando li o blog pela primeira vez - não queria de jeito nenhum que a Lu estivesse passando por tudo aquilo e achei que não ia aguentar acompanhar. Mas daí, no dia seguinte, dei mais uma chance e comecei a ver a imensa força que a Lu e o Woltony têm. É bonito, mesmo.

Tanto que - e olha que coisa, rs - passei a acessar o blog deles quando eu estava precisando de inspiração. A força e o amor deles passam fácil nas palavras do blog e deixam a gente com uma sensação boa.

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Aboeaboebaoebaeoa

São 17h e tudo o que entendo quando falam comigo agora é aoebaoebaeboaebaoeboabeoabe... rsrs!

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Segundo dia com os pequenos


Fui aos pequenos hoje novamente.
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Dessa vez, obedientemente, não coloquei nenhunzinho no colo. Tá bom, peguei uma, mas foi bem rapidinho e ela nem estava chorando na hora, ok? Uma fofa, por sinal.
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Dessa vez também conheci a pedagoga que trabalha com eles. Foi legal ter alguém in charge. Ela foi me explicando que poderíamos estimular tal menina a dividir seus brinquedos, porque ela já tinha idade para isso, que tal outro menino já podia começar a andar, que um outro já estava entendendo ordens mais complexas...
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Hoje vi que o que eles fazem, mesmo, é brincar o dia inteiro. Não sei o que era que eu esperava, hahahaha! Só pra esclarecer, estava com os de 0 a 2 anos! Ainda não me achei direito nesse grupinho. Brinquei com eles, separei as briguinhas, fiz o que a pedagoga foi me pedindo. Me diverti e saí de lá bem, mas na dúvida em relação ao quanto realmente ajudei. Enfim... Parece que só de ter mais um par de olhos pra vigiar os bebês já é um alívio para todos. De todo modo, tenho algumas idéias no forno.

Amo muito tudo isso??

Tem coisa pra deixar a pessoa mais zonza do que mudar de setor no trabalho?? De uma hora para a outra, você é júnior de novo e pelo menos 50% do que é dito à sua volta parece alguma exótica língua estrangeira, que você se pergunta se algum dia vai dominar.
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Com certeza hoje, por volta das 17h, nem português eu entendia mais. Foi tanta informação nova desde o meio-dia, sem parar, que o winchester (isso ainda existe?? hahaha! entregando a idade...) encheu e aposto que começaram a transbordar letrinhas e números dos meus olhinhos e ouvidos.
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Isso tudo é resultado de uma grande mudança de trabalho. Além de aprender um serviço 80% novidade, mudarei de setor, de prédio e de órgão. E, ah, não esqueçamos o principal: de chefe.
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Eis o grande motivador dessa revolução. Uma chefia para-militar - em estado de sítio permanente - que torrou minha paciência até o limite da gastrite. Após outras tentativas de vôo, atirei-me em queda livre nessa empreitada, de começar um novo órgão praticamente do zero, responsável por algo com que não tenho quase nenhuma intimidade.
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Um desafio? Sim, certamente. Excitante? Bem... É com certeza uma chance rara de "fazer nome" em um órgão novo, ser uma das mais antigas na estrutura, criar rotinas à minha imagem, talvez conseguir os melhores cargos... Se eu queria sair de onde estava, esta com certeza é a melhor oportunidade que já me apareceu.
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Entretanto, ruminando o assunto e especialmente depois do dia de hoje não posso evitar me perguntar - e o McDonald's me permita: será que eu amo tanto tudo isso??
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Pé-de-pato mangalô três vezes, sai pra lá!! Eu que não vou ficar aqui construindo "a tragédia de Luciana no novo emprego"! "Possa ser" que eu goste muito, não "possa"?? Então tá, torçamos muito por isso. Afinal, foi tão inusitada essa convoação que só pode haver um bom motivo. E, ademais, quem disse que dedicar-me a um trabalho que, aparentemente, nada tem a ver comigo e com o que ando acreditando sobre o sentido da minha vida vai necessariamente me afastar do sentido da minha vida?? Né?!? Quem sou eu para achar que sei onde as coisas vão parar??
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Bom, pessoas, wish me luck. Darei notícias sobre esse assunto.

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Mantra

A P E G O
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C O M
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D E S A P E G O

Não sei se isso acontece com todo mundo...
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Muitas vezes, me pego "desapegando-me" de coisas que me parecem difíceis de lidar, por algum motivo. Deixo para pensar no assunto "depois", resolvo que não adianta lutar contra a maré, ou que não vale a pena o estresse...
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O hábito de fazer isso, ao longo dos anos, deixou-me com uma incômoda sensação de torpor, de estagnação... E daí percebi que o que preciso - e quero - é aprender a ter "apego", sim, pelas coisas que me interessam, pelas coisas que desejo, mas aprender também a ter "desapego" bastante para superar frustrações, para conseguir respirar quando a ansiedade for demais. Aprender a perseguir meus sonhos, sim, sem perder de vista que o mundo é imenso, que o céu é de um azul lindo e que não há um real objetivo para a vida, então posso aprender a relaxar e simplesmente curtir as minhas tentativas de conseguir o que desejo, em vez de sofrer cegamente a cada "derrota".
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E daí apareceu a frase, que virou um mantra. Quando sinto aquela vontade de fugir, de deixar pra lá, ou quando os reveses parecem demais, paro, respiro, lembro. E vou em frente. Tem funcionado, rs.

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Carnaval em fases

Todo ano é a mesma coisa.
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- No aeroporto de cá: "Ai meu Deus... O calor, o sol, o empurra-empurra, o cansaço... aiaiaiai... Sei não se aguento este ano... Acho que vou só no sábado de manhã..."
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- No aeroporto de lá: "Ai que saudade desse frevo!! Ai que legal a cultura da minha terra!!"
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- Em Olinda: "Pó-pó-pó-pó, pó, pó, pó, póóóó!! Pó-pó-pó-pó, pó, pó, pó, póóóó!! Quero sentir a embriaguez do frevo, que entra na cabeça, depois toma o corpo e acaba no pé!!"
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- No Recife Antigo: "Madeeeeeeira do Rosarinho...!!"
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E também: "Prêêêêêu... comêêêê... "lá-lááááá"... falta uma polegada!!"
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- Na terça de carnaval: com xilocaína no pé será dá pra aguentar hoje?!?
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E daí o carnaval acaba e volto achando que foi muito rápido... rs!

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Se não fosse a quarta-feira


Essa Olinda nunca falha!

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Seesaw

Muitas vezes posso sentí-la espreitando... Como um gato que prepara o bote. O processo já foi deflagrado e não há mais volta. Agora a questão é: qual a melhor forma de recepcionar a situação? Como alguém que espera a chegada de um tornado, pergunto-me o que servirá melhor como abrigo...

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Nota do autor

Gente, só um parêntese para dizer que eu não estava ignorando os comentários sobre os meus posts, tá? É que eu não sabia mais onde era que olhava!! Hahahaha!!
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E a culpa ainda é do Blogspot (com todo o respeito, tá, seu Blogspot??)! Como eu pedi para o blog me avisar por email quando houvesse comentários, fiquei esperando os emails, feito uma bobona. Só que vê que "prático": o blog manda o email pra mim, sim, mas depois que eu já moderei o comentário! Ou seja num dianta mais nada avisar, né?? Oxe!
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Enfim, agora retomei as rédeas da situação. :-)

Com os pequenos

Comecei hoje a ajudar em uma creche, pela manhã. O plano é ir duas vezes por semana, chegar o mais cedo possível e sair por volta das 11h, para ir na academia tomar um banho, almoçar e vir para o trabalho.
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Hoje foi o primeiro dia de aulinha - e primeiríssimo dia na creche para muitas das crianças. Imaginem o chororô! Fui logo encaminhada para o setor dos bebês até 1 ano, onde as babás precisam de mais ajuda.


Gente, fiquei boba. Cada babá - e isso tá numa norma aí, que já ouvi falar - cuida de até 5 crianças. Isso mesmo: 5 bebês pedindo colo, comida, troca de fralda, tudo ao mesmo tempo! É mole??
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Cuidar de crianças não é uma atividade com a qual eu tenha a menor intimidade e, por isso, muitas vezes fiquei meio sem saber o que fazer. Tipo, com dois bebês – finalmente calmos – no colo, mais dois brigando por um brinquedo e ainda um outro chorando alto... a quem dar atenção primeiro??
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A "minha" babá estava responsável por 4 crianças hoje. Luís Henrique, de 1 ano, nem notou que era seu primeiro dia em uma creche. Brincava como se estivesse em casa, futucando todos os cantos e explorando todos os brinquedos. Já Maria Luísa não parava de chorar, no berço. Também, pudera, era a caçula do grupo com 7 meses. Logo vi que tudo o que ela queria era colo, calava instantaneamente. Tadinha... Vitória tava quietinha no começo, mas, de repente, começou a chorar e não parou mais. Achamos que ela estava assustada com a agitação das outras crianças. O danado é que, a uma certa altura, nem colo nem nada adiantava para Vitória. As babás concluíram que ela queria peito (conhecem a mãe) e que o caso era sem solução. Ela ia ter que se acostumar com a mudança.
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Das quatro crianças, a mais tranquila com certeza era a Laísa, mas também era a única que estava passando o dia sob os cuidados da própria mãe, rs.




Agora, vou falar... Não é mole, não, deixar bebezinhos daquele tamanho chorarem, pra eles "se acostumarem"... Teve uma hora que a "minha" babá deve ter achado que eu estava atrapalhando, rs, porque eu sempre pegava no colo os que estavam berrando, e daí que quando ela me disse, pela terceira vez, que era pra eu deixar eles chorarem no berço, eu que saí chorando pra o outro lado, rsrs! Coitada da babá! Agora tinha 5 pra ela consolar!!
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Enfim, depois de ela me explicar – com a maior preocupação – que eles não estavam com dor, que neném é assim mesmo nos primeiros dias de creche, que já-já eles iam tomar banho almoçar e dormir, que eu não precisava ficar triste, e de eu responder que "eu sei, é verdade, eu sei que é assim mesmo, mas é que...", fiz um esforço pra me recompor e dar almoço a Vitória.
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Saldo do dia: achei muito legal. Acho que ajudei, sim, e que tenho muito o que aprender.
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E queria aproveitar para pedir perdão a todas as mães "molengas" que eu já critiquei!!

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

Coragem

O texto abaixo é do Osho, achei no blog da Raquel, tudo a ver...
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A palavra coragem é muito interessante. Ela vem da raiz latina cor, que significa "coração". Portanto, ser corajoso significa viver com o coração. E os fracos, somente os fracos, vivem com a cabeça; receosos, eles criam em torno deles uma segurança baseada na lógica. Com medo, fecham todas as janelas e portas – com teologia, conceitos, palavras, teorias – e do lado de dentro dessas portas e janelas, eles se escondem.
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O caminho do coração é o caminho da coragem. É viver na insegurança, é viver no amor e confiar, é enfrentar o desconhecido. É deixar o passado para trás e deixar o futuro ser. Coragem é seguir trilhas perigosas. A vida é perigosa. E só os covardes podem evitar o perigo – mas aí já estão mortos. A pessoa que está viva, realmente viva, sempre enfrentará o desconhecido. O perigo está presente, mas ela assumirá o risco. O coração está sempre pronto para enfrentar riscos; o coração é um jogador. A cabeça é um homem de negócios. Ela sempre calcula – ela é astuta. O coração nunca calcula nada.

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Sentido

Ensaiei,
ensaiei,
ensaiei,
ensaiei,
ensaiei...

... e fiz exatamente o oposto!

HUAHUAHUAHUAHUAHUAHUAHUA!!!