O dia começou com rafting no Rio Corumbá, saindo próximo ao Salto do Corumbá - o passeio já vale só pela vista. Para começar, fomos alongados, instruídos sobre como remar, como obedecer a alguns "comandos de navegação", o que fazer caso o bote virasse ou caíssemos na água. Vestimos os coletes, ensaiamos as manobras principais e pronto: foi dada a largada!
O trajeto era de 12km e continha quedas de níveis 1, 2 e 3, sendo que as quedas de nível 3 atringem de 2,5 a 3 metros de altura... O quê!?!??! Pois era. E ainda tinha uma tal de queda 3+, que era logo a primeira das duas nível 3 que tínhamos pela frente.
E lá vinha ela, a 3+. Ou melhor, lá íamos nós em direção a ela. Fizemos uma parada, a equipe de segurança se preparou mais à frente enquanto o guia nos instruía: "Quando eu falar "piso", vai, todo mundo para o meio do bote e segura firme, remos para dentro do bote".
Resultado: cruz credo, seis pessoas no bote, duas foram lançadas para a água. Quase caí, me segurei sei lá como, o bote afundou todo do meu lado, comigo junto, e daí, quando percebi que tava viva, Carlinha gritou: "Bruno!! Bruno tá na água!!" Só aí que o vi, encostado na pedra, o bote indo pra cima dele!! Aaaaaaargh!!!! Que sensação horrível!! Eu tentando segurar o bote - iludida - e só vendo a cabeça dele sumir entre o bote e a pedra!! Aaaaaaaafffffff!!
A queda em detalhes
A fazenda Tabapuã é, segundo os guias locais, uma "Fazenda Hotel". A inversão da denominação habitual se deve ao fato de que a Tabapuã considera que o turismo é sua atividade secundária. A primeira é a criação de gado. Ainda assim, Tabapuã é uma referência de "turismo de aventuras", já que lá é possível agendar diversas atividades do gênero.
A mais conhecida delas é uma tirolesa de 567m de extensão. É um passeio muuuuito legal, já que, de bônus, quem faz a tirolesa passa por dentro de uma área de preservação florestal belíssima, com duas cachoeiras de água "bebível", fora a vista maravilhosa do ponto de saída da tirolesa - porque, sabem, para cobrir 567m sem perder velocidade do meio do caminho, tem que sair bem do alto, rs!
A nossa tirolesa
- A trilha
Quando chegamos do rafting - também agendado em Tabapuã - já estávamos atrasados para a tirolesa. Fomos para o almoço e logo em seguida para a trilha que leva à tirolesa.
Muuuuuito legal a mata. É muito refrescante estar em meio à natureza (quase) intocada. Eles procuraram preservar ao máximo aquilo lá. Construíram uma trilha suspensa de tábuas, para facilitar o passeio e diminuir o risco de incidentes com animais.
Mas foi na trilha que começou a aventura, rs. Primeiro, a Dani escorregou numa das tábuas, que estava úmida sem a rede de arame anti-derrapante, e caiu sentada no chão. Foi uma quedona, sem freio e nem preparo. Mas a danada sacudiu a poeira (ou melhor, a lama) e levantou rindo. A partir daí, todo mundo pisando com mais cuidado.
Depois, tchan-tchan-tchan-tchan!! Tivemos um encontro animal!! Pois não é que tinha uma CASCAVEL adulta, enroscadinha, bem no meio do nosso caminho?!?! Pois tinha!! Eu nem vi a bicha, não tive coragem de chegar tão perto. O guia ainda tentou empurrá-la para longe, com um pedaço de pau, mas ela ficou agitada, começou a chocalhar o rabinho e daí que ele achou melhor abrir uma trilha alternativa para nós.
Detalhe mais que básico: um grupo de 3 pessoas havia passado por ali antes de nós e somente a TERCEIRA pessoa da fila viu a cobra!! As outras duas passaram praticamente POR CIMA dela, sem perceber!! Aaaaaaarrghhh!! Só de pensar, me dá arrepios!! Mas isso é mais uma prova de que as cobras não atacam pessoas sem serem provocadas. Aquela cascavel teve pelo menos 2 chances naquele dia.
- A tirolesa
Depois da trilha de aventuras, chegamos no ponto de partida da tirolesa. Só ali Bruno percebeu a altura do babado, rsrs! O bichinho ficou verde e começou a produzir cubos de gelo com as palmas das mãos, hehehe! Eu lembro que fiquei assinzinho quando fui pela primeira vez. É muito alto, meeeeeeesmo.
Mas dessa vez, não. Eu tava até tranquila em relação à tirolesa. O meu problema era a tempesade pra lá de elétrica que despontava bem mais pra cá do horizonte e que, na minha humilde opinião, estava perto demais... Mas o guia discordou. Dizia ele que, pela distância, em segundos, entre os raios e os trovões, ainda havia 4 km entre nós. Enfim... fui no pára-raios gig... digo, na tirolesa, né?? Até porque, pra voltar a pé, eu teria que cumprimentar a cascavel de novo, só que dessa vez no escuro!!
E aí?? Tá bom de aventura??
Para Bruno e eu, tava bom, mesmo, rs. Terminamos o dia na pousada, pedimos uma entrega de pizza, tomamos uma merecida cervejinha e fomos dormir cedo. :-)
Domingo, 05 de dezembro de 2010
To be continued... ;-)
Eu não fiquei verde, não, rapá, para de me queimar! Ôxe! Coisa feia. Eu fiquei com as mãos meio geladas, mas fui primeiro e nem tive medo de nada na descida, viu? Ora bolas!! Eu só não gosto de ficar em pé sobre um barranco em cima dum caixote! :P
ResponderExcluirOlha, gente, me assustei só com o relato, rs. Sempre tenho medo de chegar num local e ter problema com hospedagem. Ainda bem que vocês conseguiram uma melhor.
ResponderExcluirQuanto ao rafting e à cascavel:
Caraca!!!!
Eu não encarava esse bote de jeito nenhum. Fosse o do rio, fosse o da cobra.