sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

Atos de fé

Escrevi o post abaixo faz um tempinho, nem lembro mais quando. Como acontece com muitos posts que inicio, não o publiquei de imediato e depois esqueci dele. Mas agora, relendo-o, percebi que consegui captar a essência do que queria dizer, rsrs. Muito embora eu não esteja mais planejando a minha festa de casamento (vide texto abaixo), continuo investido, cada vez mais, nos meus atos de fé. Talvez agora mais do que nunca. :-)

Estou descobrindo a cura pela fé.
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Esse negócio de fé sempre me intrigou. Afinal, como assim "acreditar"?? E se eu resolvesse acreditar numa fantasia e depois desse tudo errado?? Não, não me convencia, mesmo, essa história de "ter fé".
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Então segui assim na vida, inevitavelmente praticando meus atos de fé, mas sempre cercada de inúmeras precauções, "seguranças", "garantias"... Muitas vezes o medo era demais e só me restava retroceder, mas, de quando em quando, lançava meus olhos para o horizonte e partia - morrendo de medo, mas ia.
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Mas eis que chegou um momento que, por algum motivo, me é especialmente desafiador: chegou a hora de planejar meu casamento.
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Planejar um casamento é um ato de fé. Mais que isso: é um ato público de fé.
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É preciso ter fé em que o relacionamento irá durar (pelo menos até o dia da cerimônia!); que os convidados comparecerão (e gostarão!); que o bolo ficará lindo e gostoso... E em que, de alguma forma, os noivos (tipo, o digníssimo e eu) viverão felizes para sempre.
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Só agora me dou conta do friozinho na barriga que sempre senti ao ouvir falar em noivas-para-casar. Sempre temia por seus corações partidos, se porventura o noivo resolvesse mudar de idéia na última hora. Por quê ter essa preocupação específica?? Não sei! Só sei que planejar minha festa de casamento representa, para mim, um desafio e tanto de fé.
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Mas, festas de casamento à parte, aprender a acreditar e arriscar é talvez a única coisa que nos move na vida, é mesmo o que nos mantém vivos.
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Estudar para um concurso público é um senhor ato de fé, especialmente se você parou de trabalhar para poder estudar.
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Comprar um cachorro. E se você cansar dele depois de 6 meses? 2 anos? 10 anos?
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Ter um filho, então?! Haja fé de que será possível educa-lo, alimenta-lo, ter tempo para fazer tudo isso e ainda brincar com ele...
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É preciso ter fé para realizar as menores coisas. A fé é o ânimo da nossa alma, o fio infinito de esperança, que nos move a cada dia. É uma confiança inocente no sucesso dos nossos menores - e maiores - empreendimentos. Ela nos abre um sorriso, de orelha a orelha, pela simples idéia de que podemos conseguir o que queremos.
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Sempre duvidei da fé. Tinha medo dela e preferia não acreditar... Como se apostar no agouro pudesse, de alguma forma, me proteger do sofrimento. Ou então, numa estratégia mais ardilosa da mente, eu me cercava de "seguranças" e "garantias" infinitas, exaustivas e, é claro, inúteis...
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Portanto, sem querer plagiar, mas já tomando emprestado, andar com fé eu vou.

2 comentários:

  1. Ah, que lindo. :o)

    Gostei muito desse recorte sobre a fé. Eu meio que vim esperando que você falasse de espiritualidade. Essa fé ainda não encontrei. Mas sabe que, pelo menos nesta etapa da vida, ainda acho mais importante essa fé nos atos que nos impulsionam em busca da felicidade.

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  2. Falha não, Lu...
    Vai com fé sempre!!

    Bjs

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