A Lu descobriu um câncer pulmonar aos 4 meses de gravidez. A despeito das recomendações de alguns médicos, ela decidiu ir em frente com a gravidez e fazer os tratamentos ao mesmo tempo. De lá para cá, o câncer não apresentou melhoras, ocorreram metástases no cérebro, nas adrenais e no pulmão que antes estava "limpo". A Lu teve que ir várias vezes a São Paulo, para fazer radioterapia e por fim ficou lá de vez, pelo menos até a Helena nascer. De acordo com a postagem de ontem, o médico constatou que o crescimento de Helena tinha diminuído um pouco e decidiu que era hora de ela nascer.
O riscos dessa cirurgia eram muitos - a Lu e o Woltony nos mantiveram atualizados de todos os detalhes da evolução das condições de saúde dela e dos acontecimentos diários - então estávamos todos bem apreensivos. Mas deu tudo certo!
O caso da Lu, por ser alguém que conheço, tem me ajudado muito a dar uma medida dos meus "problemas". Afinal de contas, eu não tenho problemas reais. Problemas reais são como o da Lu, como o das pessoas que estão agora no Haiti. E, ainda assim, é a maneira como as pessoas encaram os seus problemas que faz a diferença.
Recomendo demais a leitura do blog da Lu. É uma lição de vida. Nem a conheço tão bem, mas quando fiquei sabendo que aquela pessoa tão meiga que conheci estava vivendo essa situação horrível... Foi um choque. Chorei muito quando li o blog pela primeira vez - não queria de jeito nenhum que a Lu estivesse passando por tudo aquilo e achei que não ia aguentar acompanhar. Mas daí, no dia seguinte, dei mais uma chance e comecei a ver a imensa força que a Lu e o Woltony têm. É bonito, mesmo.
Tanto que - e olha que coisa, rs - passei a acessar o blog deles quando eu estava precisando de inspiração. A força e o amor deles passam fácil nas palavras do blog e deixam a gente com uma sensação boa.